sábado, 8 de março de 2008

A filosofia de Ricardo Reis

A filosofia de Ricardo Reis é baseada na noção da brevidade da vida, ou seja, no destino (Fatum) inerente às condições humana, vida e morte.
Assim, e tendo em conta o destino comum a todos os seres vivos, Reis evoca na sua filosofia o estoicismo, que está relacionado com a aceitação tranquila e sossegada da ordem natural das coisas e a ausência de perturbação através da ataraxia.
Em suma, a poesia de Reis assenta essencialmente em três filosofias de vida: epicurismo, estoicismo e ataraxia, na medida em que o poeta é consciente de que a vida é breve.

Sofia Amaral n.º 21

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Mensagem


Dissertação
A filosofia de Caeiro baseia-se na objectividade e naturalidade como este vê o mundo, no qual está presente a natureza captada através de sensações, e a recusa do pensamento.
Nas suas obras, a natureza é muitas vezes comparada com a vida real, é o caso do poema “O Guardador de Rebanhos”, em que Caeiro se assemelha a um pastor, que dá valor a sensações audiovisuais e desvaloriza o pensar, como se pode observar no seguinte verso: “Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…”. Também se nota o predomínio das formas verbais olhar e ver.
Caeiro é-nos apresentado como um simples “guardador de rebanhos” que vê o mundo de forma objectiva e concreta, demonstrando a sua ingenuidade, espontaneidade e o seu estilo próprio, visível no poema Ide “O Guardador de Rebanhos”.
Embora este afirme que recusa o pensamento nos seus poemas há raciocínio quando é necessário argumentar. Este usa a conjunção subordinativa porque, exemplos que mostram a necessidade de raciocínio para argumentar. Além disso, a sua filosofia implicou algum raciocínio, pois ao explicá-la demonstra intelectualidade. Porém, este evita pensar para não ter perturbações, afirmando que “pensar incomoda como andar à chuva”.
Concluindo, Caeiro surge como um poeta inocente e natural que recusa o pensamento, embora este apareça na explicação da sua doutrina. E, como os outros heterónimos, tem a presença de Pessoa quando este recusa o pensamento para evitar a “dor de pensar”.
Carolina Soares
Nº 9 12ºB

domingo, 9 de dezembro de 2007

Auto biografia de Fernando Pessoa

Eu Fernando António Nogueira Pessoa, filho de Joaquim Seabra Pessoa e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira, vim a este mundo no dia 13 de junho de 1888.
Teive uma infância muito viajada, mudando muitas vezes de direcção, pelo que a considero “pavorosamente perdida”. Já em 1895 minha mãe era viúva, no entanto casou com João Miguel Rosa, futuro cônsul de Portugal em África do Sul. Em 1896 fui com minha mãe para África do Sul, onde fiz todo o meu secundário com excelente aproveitamento.
Só voltei a Portugal em junho de 1901 para um ano de férias em Lisboa, e em Maio de 1902 viajei até Angra do Heroísmo para visitar um amigo. Lá também redigi o jornal “A Palavra”. Nesse mesmo ano escrevi o meu primeiro poema, inspirado na morte da minha irmã Madalena. Também nesse ano regressei a África, onde freqüentei o ensino noturno de economia e me preparei para o exame de aptidão à Universidade.
Criei o meu primeiro heterónimo em 1903, Alexander Search, era um autor de poemas em Inglês.
Só em 1905 regressei a Portugal. Definitivamente, queria tentar reviver a minha “infância perdida”. Nesse ano inscrevi-me na Faculdade de Letras.
Passado sete anos escrevi o meu primeiro artigo, para a revista “Águia” foi a minha estreia.
Decidi em 1914 criar vários heterônimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Foi nessa altura que percebi que era múltiplo. Assim multipliquei-me para me sentir.
Juntamente com Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros lancei a revista literária “Orpheu”, com o objectivo de aclamar o Modernismo em Portugal. Queríamos, assim, chocar a sensibilidade estético-moral da época. Eu juntava-me com esses dois grandes amigos no café A Brasileira onde discutíamos as nossas questões modernistas. Foi nesse mesmo ano que mudei com muita frequência de casa.
Em 1931 escrevi o poema “Autopsicografia” e publiquei fragmentos do “Livro do Desassossego”. Em 1935 entrei em estado depressivo e de doença, começando a beber muito.
Agora espero pela hora em que nos despedimos deste mundo (eu e os meus múltiplos).

Bruno
nº 4

Poema

Metafísica/Antimetafísica


O meu cajado não colhe pensamentos,
Ele sente a natureza no seu estado puro
Eu observo, não penso;
Eu sinto, não sonho...
Ele é a tempestade que corrompe a Primavera

Meus rebanhos andam livres,
Só esperam que eu os encontre.
Observo como um falcão,
Na mais alta e calma colina

E se o céu escurece,
Volta a minha cabana.
Abro a janela e espero por uma brisa
A brisa da Primavera

Bruno Medeiros
Nº 4

Realismo e Modernismo

É possível observar o movimento realista nos poemas de Cesário Verde e alguns de Eça de Queirós; por sua vez o Modernismo está presente em autores e poetas como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, entre outros.
O Realismo apareceu primeiro que o Modernismo e tinha como objectivo tecer criticas sociais... Então, apostava no uso da objectividade, no rigor, na análise cientifica, no real, para demonstrar a verdadeira realiade, através das criticas sociais.
Já o Modernismo surgiu mais tarde, tendo como principal objectivo chocar as elites da época e romper com o passado. Por isso, contava com um conjunto de ismos de vanguarda, cada qual com as suas caraterísticas, mas todas com o mesmo objectivo, que era mostrar algo diferente, grandioso.
Concuindo, o Modernismo é a ruptura com o passado, enquanto o Realismo, mais centrado na realidade, tem como objectivo criticar e demonstrar a verdade.