domingo, 9 de dezembro de 2007

Auto biografia de Fernando Pessoa

Eu Fernando António Nogueira Pessoa, filho de Joaquim Seabra Pessoa e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira, vim a este mundo no dia 13 de junho de 1888.
Teive uma infância muito viajada, mudando muitas vezes de direcção, pelo que a considero “pavorosamente perdida”. Já em 1895 minha mãe era viúva, no entanto casou com João Miguel Rosa, futuro cônsul de Portugal em África do Sul. Em 1896 fui com minha mãe para África do Sul, onde fiz todo o meu secundário com excelente aproveitamento.
Só voltei a Portugal em junho de 1901 para um ano de férias em Lisboa, e em Maio de 1902 viajei até Angra do Heroísmo para visitar um amigo. Lá também redigi o jornal “A Palavra”. Nesse mesmo ano escrevi o meu primeiro poema, inspirado na morte da minha irmã Madalena. Também nesse ano regressei a África, onde freqüentei o ensino noturno de economia e me preparei para o exame de aptidão à Universidade.
Criei o meu primeiro heterónimo em 1903, Alexander Search, era um autor de poemas em Inglês.
Só em 1905 regressei a Portugal. Definitivamente, queria tentar reviver a minha “infância perdida”. Nesse ano inscrevi-me na Faculdade de Letras.
Passado sete anos escrevi o meu primeiro artigo, para a revista “Águia” foi a minha estreia.
Decidi em 1914 criar vários heterônimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Foi nessa altura que percebi que era múltiplo. Assim multipliquei-me para me sentir.
Juntamente com Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros lancei a revista literária “Orpheu”, com o objectivo de aclamar o Modernismo em Portugal. Queríamos, assim, chocar a sensibilidade estético-moral da época. Eu juntava-me com esses dois grandes amigos no café A Brasileira onde discutíamos as nossas questões modernistas. Foi nesse mesmo ano que mudei com muita frequência de casa.
Em 1931 escrevi o poema “Autopsicografia” e publiquei fragmentos do “Livro do Desassossego”. Em 1935 entrei em estado depressivo e de doença, começando a beber muito.
Agora espero pela hora em que nos despedimos deste mundo (eu e os meus múltiplos).

Bruno
nº 4

Poema

Metafísica/Antimetafísica


O meu cajado não colhe pensamentos,
Ele sente a natureza no seu estado puro
Eu observo, não penso;
Eu sinto, não sonho...
Ele é a tempestade que corrompe a Primavera

Meus rebanhos andam livres,
Só esperam que eu os encontre.
Observo como um falcão,
Na mais alta e calma colina

E se o céu escurece,
Volta a minha cabana.
Abro a janela e espero por uma brisa
A brisa da Primavera

Bruno Medeiros
Nº 4

Realismo e Modernismo

É possível observar o movimento realista nos poemas de Cesário Verde e alguns de Eça de Queirós; por sua vez o Modernismo está presente em autores e poetas como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, entre outros.
O Realismo apareceu primeiro que o Modernismo e tinha como objectivo tecer criticas sociais... Então, apostava no uso da objectividade, no rigor, na análise cientifica, no real, para demonstrar a verdadeira realiade, através das criticas sociais.
Já o Modernismo surgiu mais tarde, tendo como principal objectivo chocar as elites da época e romper com o passado. Por isso, contava com um conjunto de ismos de vanguarda, cada qual com as suas caraterísticas, mas todas com o mesmo objectivo, que era mostrar algo diferente, grandioso.
Concuindo, o Modernismo é a ruptura com o passado, enquanto o Realismo, mais centrado na realidade, tem como objectivo criticar e demonstrar a verdade.

A arte é a imitação da vida...

Ao longo da história humana, a arte esteve sempre presente. E como a própria sociedade, também foi evoluindo, por isso passou por vários estilos diferentes, conforme a época em que se encontrava.
A arte pode ter vários significados... Pode ser um dom, um talento, ou simplesmente algo que se gosta de fazer.
Ao ver o exemplo de Fernando Pessoa, poeta modernista que nos mostrou a sua vida e os seus sentimentos fingidos atrávés da arte... Fernando Pessoa, como muitos outros artistas, procurava a sua inspiração na sua vida, e dela fazia arte, daí se poder dizer que a arte é a imitação da vida.
Também se pode pensar no facto de a arte acompanhar a evolução da vida, pois cada vez que 0corre uma evolução na sociedade, a arte avnança também. Como, por exemplo, o movimento modernista que surgui após a Implantação da República, em que a sociedade estava crente no progresso e queria esquecer o passado, neste caso a monarquia.
Concluindo, a arte sempre esteve presente, demonstrando os sentimentos e a vida de determinada época.
Carolina Soares
nº 9

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Eu simplesmente sinto/ com imaginação/ não uso o coração



Fernando Pessoa, como poeta do Modernismo português, expressa na sua poesia a criação artística através das dicotomias sentir/pensar, sinceridade/fingimento, consciente/inconsciente. Estes paralelismos contribuem para a intelectualização do que sente e para o estabelecimento de novas relações entre o “ser” e o mundo.
A teoria do fingimento e facilmente perceptível no poema “Isto”.Esta teoria surge da necessidade do sujeito poético intelectualizar as suas emoções e ultrapassar sensível para o mundo intelectual “ Eu simplesmente sinto/ com a imaginação/ não uso o coração.”
A sinceridade artística e o fingimento implicam um trabalho de representação, de expressão intelectual das emoções. Para isto, o sujeito poético escreve sobre o que “não está ao pé”. O que está ao pé são as experiências, o que não está ao pé é o mundo da inteligência, da imaginação, da recordação que eleva a sensações ao nível da literatura, da poesia.
Esta tensão sentir/pensar está bem patente na ultima estrofe do poema acima referido, na medida em que o poeta veicula que não sente, deixando isso para os que lêem. Assim, através da interrogação retórica (“Sentir”) o sujeito poético responde ironicamente ao que afirma no início do poema (“ Dizem que finjo ou minto”).
Em suma, a importância da sinceridade artística no universo poético pessoano assume um papel fulcral, na medida em que a sinceridade, justamente com o fingimento, “constroem” a sua criação poética.
Sofia Amaral
n.º 21

sábado, 1 de dezembro de 2007

Poema- Carolina


O gado pasta no campo

O campo é verde

Pela janela da minha casa

Vejo o campo verde

A Natureza em acção

Poema- Sofia


Todo o Mundo gira

Em torno da Natureza

Para observar

A sua beleza